Audiovisual de Quebrada
Beatriz do Espírito Santo, Vick Almeida, Daniel Fagundes e Alexandre Prados. Mediação: Carolina Rosa
Não é só de luz, câmera e ação que vivem os cineastas e fotógrafos, principalmente, os que pensam o audiovisual independente nos becos e vielas da cidade. Mediado pela jornalista Carolina Rosa, os cineastas Daniel Fagundes e Alexandre Prados, juntamente com as fotógrafas Vick Almeida e Beatriz do Espírito Santo, dividem suas experiências e desafios na produção audiovisual independente nas quebradas de São Paulo.
Daniel Fagundes – é cineasta, educomunicador e poeta, cria da zona sul com 20 anos de carreira audiovisual. Co-fundador da Caramuja Produções, dedicada à realização e disseminação de mídia educativa, sócio cultural e a pesquisa no campo da memória e cultura popular/periférica. Tem como currículo a produção e direção de uma série de documentários, ficções e curtas experimentais. Destacam-se “Imagens de uma vida simples” de 2006, sobre a trajetória do poeta negro Solano Trindade, e “A cama, o carma e o querer” de 2016, um experimento poético sobre ancestralidade e a descoberta do prazer. Foi Co-Diretor dos documentários “Videolência”, de 2009 sobre a produção audiovisual independente no Brasil e “Cartograffiti” de 2014, sobre o coletivo de grafiteiros e militantes do Imargem, também “Oxente Bixiga!” sobre a memória nordestina no bairro da Bela Vista e “O olhar de Edite” sobre a poetisa Dona Edite, diva da Cooperifa. No seu currículo individual traz trabalhos em diferentes frentes da produção audiovisual, da promoção de projetos culturais e curatoriais no campo da educação e do cinema independente, foi curador de 2 edições da Mostra da Cooperifa (2011 e 2018), jurado do festival Super Off dedicado à produção de filmes independentes em super 8. Atuou ainda em diversas áreas técnicas em parceria com outros diretores e produtoras de todo o pais. Foi diretor de fotografia no Documentário “Vovó Leontina” do carioca Paulo Rosa, sobre uma das mais antigas famílias negras de Cachoeiras de Macacú – RJ, operador de câmera nos documentários “Virados, o poder centrípeto da criação” de Ricca Saito e “Nas quebradas do Mundaréu” de Julio Calasso. Em 2020 dirigiu fotografia no novo longa do cineasta Toni Venturi com a produtora Olhar Imaginário “Dentro da minha Pele” lançado pela GloboPlay e no festival “É TUDO VERDADE”, em 2021 dirigiu a série “Enciclopédia Negra” para a produtora Preta Portê filmes. Seu último trabalho foi o doc “Sobre Pardinhos e Afrocaipiras”, e agora prepara-se para o lançamento da ficção científica “Apagamento”, rodado entre Brasil e Angola.
Alexandre Prados – Diretor, roteirista e fundador da Sala 37 Filmes. Publicitário e cineasta com mais de 10 anos de experiência em produção audiovisual, design e marketing. Nascido e criado no Capão Redondo, é um atento observador das narrativas e histórias periféricas, principalmente do seu bairro. Diretor e roteirista do curta-metragem Dicotomia, que foi exibido em 12 festivais internacionais e premiado 4 vezes. Em 2017, fundou a Sala 37 Filmes, produtora audiovisual independente que, além de atender grandes empresas, realiza trabalhos para ONGs, iniciativas locais de acolhimento e desenvolvimento de jovens, e projetos voltados ao reflorestamento e recuperação da fauna e flora em território nacional. Atualmente, enquanto lidera a Sala 37 Filmes, está em processo de pré-produção de seu próximo curta-metragem.
Beatriz do Espírito Santo – 28 anos, é fotógrafa há 7 anos, se dedicando a usar a fotografia como uma ferramenta de transformação social. Envolvida em projetos de grande impacto nas periferias, como Mãe de Quebrada, Dois Neguin, Clássicos do RAP, Farol Saúde Integrativa e Cultcom, Beatriz busca retratar histórias e fortalecer a cultura local. Sua sensibilidade em capturar momentos autênticos torna seu trabalho uma poderosa expressão de resistência e identidade comunitária.
Vick Almeida – Victória Almeida, 23 anos. Moradora de uma das maiores periferias de São Paulo, Paraisópolis. Formada em Relações Públicas como bolsista 100% pela universidade Belas Artes, se desenvolve diariamente na área audiovisual onde atua ativamente em projetos de marcas, artistas e socioculturais nas periferias, com foco na arte e cinema. Com o objetivo de vida de amplificar cada vez mais os espaços e potencializar a periferia de modo geral, artisticamente e socialmente. Co-fundadora do Projeto Paracine que tem o intuito de democratizar o acesso ao audiovisual para jovens e adultos de todas as favelas de São Paulo, com aulas, workshops e exibições de curtas-metragens, desde 2021.
Carolina Rosa – Mãe solo e moradora do jardim Germânia, Capão Redondo, zona sul de SP. Formada em comunicação há 7 anos, vem construindo seu caminho profissional nos movimentos sociais antirracistas, feministas e antiproibicionistas, pela vida e bem-viver. Atuante também nos meios de comunicação independentes tanto em São Paulo, como no interior da Bahia, onde passou um período morando e trabalhando como repórter e editora assistente. Em 2022, trabalhou como assessora política de uma candidata a deputada estadual em São Paulo pelo PSOL e no ano de 2023 assumiu um programa de música e jornalismo, pela manhã, na rádio Abrolhos FM, emissora localizada em cidade de Mucuri, Bahia.
Serviço
Sesc Campo Limpo – Tenda Cênica
Endereço: Rua Aroldo de Azevedo, 100
Data e horário: 13/10 ás 15h
Additional Details
Autor -