Dia da Imprensa: saiba a história por trás dessa data e conheça três veículos independentes
Hoje, 1º de junho, é comemorado o Dia da Imprensa no Brasil, marca um momento crucial na história do país: a publicação do primeiro jornal brasileiro, o Correio Braziliense, em 1808. Com a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil, em 1808, a imprensa brasileira começou a se desenvolver consideravelmente. Antes disso, a impressão era proibida no país pela coroa portuguesa.
Por meio da corte, foi permitida a instalação da primeira tipografia, e em seguida, a publicação do primeiro jornal, a Gazeta do Rio de Janeiro, em 10 de setembro de 1808, que era um impresso oficial do governo e refletia os interesses da coroa.
Na mesma época, também surgia o Correio Braziliense, fundado em Londres por Hipólito José da Costa. Esse jornal tinha uma linha editorial mais independente e crítica em relação ao governo português, por isso, tinha que ser distribuído clandestinamente.
Já em 1822, com a independência do Brasil, a imprensa começou a se diversificar e expandir. Surgiram jornais importantes como Diário do Rio de Janeiro e Jornal do Commercio.
Durante o Segundo Reinado e a Primeira República, a imprensa enfrentou períodos de censura e repressão, principalmente em tempos de instabilidade política. Mesmo assim continuou a evoluir com a introdução de novas tecnologias, como o rádio e a televisão. Surgiram jornais de grande influência, como O Globo, Folha de S.Paulo e Estado de São Paulo.
Importante destacar que o Dia da Imprensa era comemorado em 10 de setembro, data da publicação da primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro. No entanto, essa data era associada a um jornal oficial do governo, o que não refletia a liberdade e a diversidade da imprensa. Em 1999, a data foi alterada para 1º de junho em homenagem ao Correio Braziliense, veículo que lutava pela liberdade da imprensa.
O Dia da Imprensa celebra a liberdade de expressão e o papel essencial da imprensa na construção de uma sociedade democrática, como valorização da diversidade de vozes, liberdade e independência, empoderamento cívico, cobertura relevante, fiscalização local, preservação cultural, combate aos estereótipos, entre outros.
Mais de dois séculos depois do primeiro jornal independente brasileiro ser reconhecido como uma imprensa livre, o jornalismo continua sendo atacado por governos autoritários.
Mesmo assim, jornalistas continuam se mobilizando e criando iniciativas que lutam pelos direitos da população, de forma independente. Conheça três veículos independentes que fazem a diferença na imprensa nacional.
A Ponte Jornalismo é uma organização sem fins lucrativos criada para ampliar o debate sobre os direitos humanos por meio do jornalismo. Tem como objetivo aumentar o alcance das vozes marginalizadas pelas opressões de classe, raça e gênero, permitindo a aproximação entre diferentes atores das áreas de segurança pública e justiça, colaborando, assim, na sobrevivência da democracia brasileira.
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O Brasil de Fato (BdF) é um site de notícias e uma radioagência, além de possuir jornais regionais no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Paraná, em Pernambuco, no Ceará, na Bahia, na Paraíba e no Rio Grande do Sul. Lançado em 25 de janeiro de 2003, o BdF circulou por mais de dez anos com uma versão impressa nacional.
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Fundada em 2011 por repórteres mulheres, a Pública é a primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil. Todas as reportagens são feitas com base na rigorosa apuração dos fatos e têm como princípio a defesa intransigente dos direitos humanos.
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Autor - Aline Almeida