Dia das Mulheres: Conheça três espaços de acolhimento feminino
O dia 08 de março marca o Dia Internacional da Mulher, uma data inspirada na luta por direitos e combate à desigualdade de gênero, que se estende até os dias atuais. A data foi estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o motivo está diretamente ligado às reivindicações de trabalhadoras por igualdade salarial no século XX.
A história conhecida é uma primeira versão, que narra que, em 8 de março de 1857, 129 operárias foram carbonizadas em um incêndio que ocorreu nas instalações de uma fábrica têxtil em Nova York. O incêndio teria sido causado intencionalmente pelo proprietário da fábrica, como punição às greves causadas pelas operárias. Porém, essa narrativa é falsa e não está ligada à criação do Dia da Mulher, de acordo com a historiadora canadense Renée Côté que, após muitas pesquisas, lançou em 1984 o livro “O Dia Internacional da Mulher, os verdadeiros fatos e datas das misteriosas origens do 8 de março”.
Em 8 de março de 1914, em Berlim, mulheres socialistas se reuniram para reivindicar seus direitos ao voto. Na década de 1960, o dia 8 de março já era celebrado de forma tradicional, porém somente em 1975 foi oficializado pela ONU durante o Ano Internacional das Mulheres, como parte de um esforço global para enfrentar as desigualdades e discriminações de gênero em todo o mundo. Ou seja, a data não surgiu a partir de uma tragédia, mas sim por décadas de luta e engajamento político feminino.
Apesar das conquistas, segundo um levantamento da 10ª edição da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher em 2023, 30% das mulheres no Brasil já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar provocada por homens. O número representa mais de 25,4 milhões de brasileiras que já foram vítimas desse tipo violência em algum momento da vida.
A falta de punição e a dependência financeira são outras situações que, para 61% das brasileiras, levam uma mulher a não denunciar a agressão na maior parte dos casos.
Na Zona Sul de São Paulo, existem iniciativas e espaços de acolhimento feminino que ajudam mulheres em situações de vulnerabilidade, criando redes de apoio de formas diversas e criativas. Listamos três projetos para conhecer e apoiar, confira:
Escola Feminista Abya Yala: Em 2019, o projeto nasceu como um espaço de estudo coletivo, que procura fortalecer e cuidar de mulheres periféricas na Zona Sul de São Paulo. Os encontros reúnem mulheres diversas: mães, donas de casa, ativistas, educadoras, artistas, psicólogas, entre outras, para discutir questões de gênero, raça, classe, autocuidado, e muito mais. Atualmente, a Escola é itinerante e publica os encontros através das redes sociais.
Saiba mais:
Redes sociais: Instagram (@escola_abyayala) | Facebook (Escola Feminista Abya Yala)
Casa Sofia (Centro de Defesa e Convivência da Mulher): A Casa Sofia, fundada em 1999, é um Serviço especializado no atendimento às mulheres em situação atual de violência doméstica sendo de forma psicológica, física, moral, sexual e patrimonial. Os atendimentos visam oferecer um espaço de acolhimento, escuta e apoio às vítimas; com atendimento social, psicológico, orientação jurídica, oficinas e atividades em grupos psicossociais, jurídicos e de violação de direitos.
Saiba mais:
Endereço: Rua Luis Baldinato, 9 | Jardim Sônia Regina, São Paulo
Horário de atendimento: De segunda a sexta das 8h às 17h
Contato: Telefone (11) 95051-4875 | E-mail: [email protected]
Redes Sociais: Instagram (@casasofia.santosmartires)
Projeto Vida Corrida: O Projeto Vida Corrida busca promover o empoderamento feminino a partir do esporte, trabalhando autoestima, desenvolvimento de habilidades sociais e individuais. Nesse processo, o esporte é um facilitador para praticar a atividade de conscientização da comunidade local, abordando questões relacionadas ao respeito, empatia, responsabilidade social e a importância dos laços familiares. As aulas acontecem no Parque Santo Dias e são direcionadas ao público que reside na região do bairro Capão Redondo, periferia da zona sul de São Paulo.
Saiba mais:
Endereço: R. Arroio do Engenho, 200 | Conj. Hab. Instituto Adventista, São Paulo
Horário de Atendimento: 8h às 12h – 13h às 16h
Contato: Telefone (11) 5812-5204 | E-mail: [email protected]
Redes sociais: Instagram (@projetovidacorrida)
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Autor - Beatriz Monteiro