Hoje é dia do jornalista
No dia 07 de abril é comemorado o Dia do Jornalista. A data criada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) homenageia Giovanni Battista Libero Badaró, jornalista que lutou pelo fim da Monarquia Portuguesa e pela Independência do Brasil. Em meio a tantos desafios, atualmente a profissão de jornalista se revela cada dia mais necessária na rotina das pessoas, devido ao grande consumo de conteúdo, seja na televisão, rádio e principalmente na internet, através das redes sociais.
O primeiro jornalista profissional brasileiro foi Manoel Ferreira de Araújo Guimarães, que trabalhou no primeiro jornal do país, a Gazeta do Rio de Janeiro, criado em 10 de setembro de 1808, tornando-se o jornal oficial da corte portuguesa. Manoel era baiano, nascido em Salvador em 1777, além de jornalista, era escritor, poeta e tradutor.
Apenas em 1884, 76 anos depois, surgiu a primeira jornalista no Brasil, Narcisa Amália de Campos, uma mulher à frente do seu tempo que não se calou sobre as injustiças do Brasil surgia após o período de domínio português. Narcisa, era escritora, poeta, professora e abolicionista, escrevia sobre política, escravidão e sobre a opressão sofrida pelas mulheres. Fundou o próprio jornal em 1884, A Gazetinha, além de colaborar com a revista A Leitura, entre 1894 e 1886.
A caminhada dos jornalistas da periferia talvez seja menos reconhecida que a de jornalistas do passado, como Líbero Badaró, Manoel Ferreira e Narcisa Amália, mas não é menos heroica. Sempre em constante ação para informar as pessoas que vivem às margens da cidade, disputando espaço com a mídia tradicional, com menos estrutura e recursos financeiros, mas com empenho e orgulho, sempre expressando esse sentimento em cada linha que escrevem.
Segundo o Mapa do Jornalismo Local, levantamento realizado em 2021, pela
ÉNois Laboratório de Jornalismo, na cidade de São Paulo existem 126 veículos de comunicação independente. Estas iniciativas e seus jornalistas, possuem algumas missões complicadas no seu cotidiano, entre elas trabalhar contra os preconceitos e estereótipos que a mídia tradicional impõe sobre a população da periferia.
Por meio de veículos de comunicação independentes, estes comunicadores esclarecem que não há apenas problemas dentro das periferias, mas também muita potência, cultura e luta por direitos humanos que sempre foram negados.
Confira três portais de notícias de São Paulo que tem sua equipe formada por jornalistas periféricos:
Agência Mural de Jornalismo das Periferias
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias, em especial na Grande São Paulo.
Acesse o site: agenciamural.com.br
A Periferia em Movimento é uma produtora independente de jornalismo de quebrada que gera e distribui informação dos extremos aos centros de poder, com objetivo de descentralizar as narrativas e promover a garantia de direitos a partir do protagonismo periférico e de quem está nas frentes de luta.
Acesse o site: periferiaemmovimento.com.br
O Nós, mulheres da periferia é um site jornalístico dedicado a repercutir a opinião e a história de mulheres negras e periféricas. Seu compromisso é oferecer um outro jeito de ver os acontecimentos no Brasil e no mundo e contribuir para a construção de uma sociedade plural, antirracista e não patriarcal.
Acesse o site: https://nosmulheresdaperiferia.com.br/
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